sábado, 5 de fevereiro de 2011

Vital ao Coração

Sinceramente, eu não consigo conceber porque o ser humano insiste em viver tão apegado às coisas, aos sentimentos, aos fracassos e derrotas e até aos seus momentos de felicidade. Sim, porque ele se agarra em praticamente ambas as situações. Seja sincero, quem quer deixar para trás o que teve de melhor na vida? 

Mas se tem uma coisa que eu aprendi a duras penas, é que tudo isso também vira fumaça ao vento. Não é à toa que uma das minhas músicas preferidas termina dizendo: "se il tuo piccolo dolore, che sia odio o che sia amore, passerá."

Se está com preguiça de usar o tio Google, a gente pode traduzir mais ou menos assim: hey, baby, não adianta dar murro em ponta de faca, sei que está doendo aí por dentro, mas tenha paciência e se prepare, porque até isso vai passar. O problema é que o apego é grande e, às vezes, vem um choque maior que o necessário pra gente se desvencilhar do que quer que seja.

Tenha certeza que a viagem dos sonhos, a decepção amorosa, a perda daquele alguém especial, o presente novo, o desemprego, a falta de dinheiro, a sensação de flutuar com aquela declaração de amor, o braço quebrado, o cabelo novo, o pneu furado, a briga, a reconciliação, o assalto, o elogio do chefe, as festas de fim de ano, a separação, o reencontro, o pôr do sol na praia, a missa de sétimo dia, a música que lhe traz boas lembranças, o seu aniversário, a rejeição, o carinho inesperado e a sensação de dever cumprido, tudo isso passa, mais cedo ou mais tarde. Mais tarde quando é dor, mais cedo quando é bom.



Ficar no olho do furacão é difícil, mas temos que aprender a usar a resignação e a paciência a nosso favor; segurar a onda é essencial para viver bem. Em último caso, usa a técnica avançada de respiração cachorrinho, come batata palha uma por uma, ora que melhora. E não esqueça de lembrar que bons momentos também são efêmeros; borboletas  vivem somente um dia, a flor de Lótus dura quatro meses, o girassol só algumas horas.  

Mantenha suas esperanças em solo firme, construa seus sonhos em Deus; "não estou dando nem vendendo, como o ditado diz, o meu conselho é pra te ver feliz..."

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Okey? Então Ok: As garotas, os Namoros e a Internet











By Leila Germano


Antes mesmo de nascermos, Deus já tinha na palma da mão nossas senhas do Twitter, Facebook, Orkut...não, do Orkut não, que Orkut é do demônio. :)
Cientistas do mundo inteiro se esbofeteiam dividem opiniões sobre qual o verdadeiro motivo de nós entrarmos na onda das Redes Sociais.



São muitas hipóteses: cultura convergente e participativa, paradoxo da globalização, Espetáculo do Eu, etc. Eu já acredito no princípio Freudiano de que quem tem cadastro em Rede Social de cunho pessoal quer dar ou comer alguém.

Existe, na real, um ciclo orbitando essa porra toda. Assim como o ''nasce, cresce, reproduz-se e morre'', no mundo virtual a gente:
1) Cria um perfil;
2) Procura gente interessante / Acha alguém interessante / Investiga sobre a vida dessa pessoa;
3) Adiciona como quem não quer nada / Conversa como quem quer tudo;
4) Conhece / Pega / Namora / Acaba a vida social / Reproduz-se e Morre.




O mais louco acontece na cabeça da mulher. Mulher não assimila muito bem a coisa de Namoro + Internet. Funciona mais ou menos assim:


#Um cara conhece uma menina e os dois saem#
ELE: Vai pro computador jogar em rede com os amigos 
ELA: Vai pro computador ver se ele já mudou o status de solteiro para namorando. 
Então ela se sente um lixo porque ele não o fez e, em protesto, come um chocolate.

#Depois de um tempo ficando#
ELE: Entende que não está mais dando sopa pra geral e muda o status de solteiro para... NADA.
ELA: Se ofende, afinal, ela entende que não representa absolutamente NADA na vida dele. 
Ataca uma caixa de chocolate.

#Quando o negócio realmente engata#
ELE: Espera chegar o Dia dos Namorados ou o aniversário dela para oficializar a relação.
ELA: Acha que ele queria estar livre no carnaval e acrescenta Haagen Dazs à dieta balanceada.

#O Namoro#
ELE: Muda o status para NAMORANDO e dá uma caixa de bombons a ela
ELA: Morre | Muda o status em questões de segundos e... come os bombons.


O namoro é um período delicado na cabeça de uma garota. Ela esquece que seu respectivo teve uma história e já não há mais diferença entre amigas de infância, primas, ex, biscates da Augusta e  Rita Cadilac. Aos olhos de uma namorada, todas elas estão equiparadas. Qualquer manifestação de contato pode ser fatal. Isso é triplicado em força e aceleração quando acontece pela Internet.

#Uma amiga deixa um recado/scrap/mention pra ele#
ELE: Lê
ELA: Lê (se ela for tomar banho em seguida, não é para esfriar a cabeça, mas para lavar calcinhas embaixo do chuveiro - um conhecido momento feminino no qual planejamos o mal).

#Uma amiga deixa um recado/scrap/mention pra ele e ele responde#
ELE: Fecha o computador e vai tomar um chopp.
ELA: Fecha a cara e manda ele tomar no cu. Ocasionalmente, há algum chocolate na cena do crime.


Com o passar dos tempos, as brigas são cada vez maiores. Com  tanto chocolate, elas ficam cada vez maiores. Esses dois motivos impulsionam os garotos a tomar uma importante decisão: terminar o namoro. 
Aí começa um processo gradualmente doloroso na vida das garotas.
Os meninos não sabem terminar. Eles pedem tempo.

Tempo - do tupi guarani: "Tem", que significa "Se fudeu" e "Po", que significa "Baranga". Mas as meninass nunca compreendem e realmente acham que é um momento de reflexão sobre a relação com previsão de volta.
Aí começa um processo gradual de dor e desespero. Dia após dia, tudo é vasculhado: recados de vadias, fotos de baladas, alteração no status de relacionamento...E, para cada item, um "Tudo Consta".
De "namorando", eles põem "NADA". De "NADA", eles põem "solteiro". Se tivesse o status "Passando o rodo", com certeza eles adotariam.

Por esses e outros motivos larguei de mão essa vida. Hoje sou Nerd de Cristo. O único jogo do amor que participo é o Resta Um, quase um voto de castidade (aham, claudia, senta lá). Aliás, essa coisa de voto de castidade também precisa ser revista. Ao contrário dos padres, porteiros e motoristas de ônibus que não deveriam ter família. Dá até dó em festas de fim de ano, néam? Mas no fim das contas todo mundo merece ser feliz, com alguém especial, porque pessoa amada, correspondendo ou não, é que nem dente siso: o importante é que lá têja!

Okey? Então Ok.