quinta-feira, 11 de julho de 2013

Como eu gostaria que me tirasse a roupa*




De pé no meio do quarto, começas me puxando com uma das mãos e me fazes caminhar ao teu redor, os saltos dos sapatos entoando no piso, o vestido curto balançando ao ritmo dos passos.
Ajoelhas-te e fazes-me parar em frente ao teu rosto, enquanto as tuas mãos sobem pelas minhas pernas, aninhando-se por trás dos joelhos e forçando-as a afastarem-se delicadamente.
Com os olhos fechados, aspiras o perfume que se solta do meu corpo e sinto que a excitação lhe invade.

Baixando o corpo, vais beijando o peito dos meus pés, subindo pelo tornozelo, até minha barriga, trêmula. Vais alternando os beijos entre uma perna e outra, os dedos rápidos subindo curiosos pelas minhas coxas. Ergues o vestido e o segura com uma das mãos, enquanto a outra se espalma em minhas curvas, impulsionando meu corpo contra o teu rosto.
Sinto sua boca quente por cima do pequeno triângulo de renda, mordendo levemente a carne quente que se oferece. Soltando o vestido, leva os dedos ao elástico da calcinha e procura o contato direto com a umidade que já sente através do tecido.

Acaricia-me com cuidado, penetrando um dedo no meio das coxas, onde te recebe ansiosamente.
Suspiro e te ouço dizer: – Tira o vestido.

Já livre da roupa, puxa ainda mais o elástico da calcinha e a pressão causa-me um estremecimento de prazer. Gemo baixinho. Deita-me suavemente e começa a acariciar-me a pele devagar, beijando com um pouco mais de volúpia as ancas que empurro involuntariamente contra a tua boca. 
Entre as minhas pernas dança teu peso inquieto. Gemo com mais força, pois promete-me uma aproximação que anseio.

Apertas-me novamente, cheirando, mordendo e acariciando com dedos molhados o néctar que vai escorrendo.Começas a puxá-la com os dentes, baixando lentamente a calcinha, enquanto tuas mãos vão acariciando minhas coxas. 

E, entre carícias mais arrebatadoras e beijos, desejo-te.
Ergues uma das minhas pernas e coloca-a no teu ombro, enquanto me seguras com as mãos abertas, os dedos cravados na carne, empurrando-me simultaneamente na direção da tua boca, que quer me saborear.

Fecho os olhos e sinto os lábios úmidos de tesão, a língua que brinca, os dedos que me penetram num vaivém voluptuoso que me enlouquece.
Olhas-me e sorris.
Depois…

A noite é toda nossa.


* Escrito a duas mãos.